sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Coco Chanel

"Eu criei um estilo para um mundo inteiro. Vê-se em todas as lojas ‘estilo Chanel’. Não há nada que se assemelhe. Sou escrava do meu estilo. Um estilo não sai da moda; Chanel não sai da moda."

Gabrielle Bonheur Chanel foi uma estilista francesa, nascida em Saumur, no dia 19 de agosto de 1883. Mais conhecida como Coco Chanel, pois tinha o hábito de cantar a música Qui qu'a vu Coco dans l'Trocadéro, foi uma importante estilista e uma mulher à frente de seu tempo. Suas cruações ditam, até hoje, a moda mundial. Filha de um caixeiro-viajante e de uma doméstica, tinha 4 irmãos, duas meninas e dois meninos. Depois da morte precoce de sua mãe, que morreu de tuberculose, o pai deixou as meninas em um colégio interno enquanto os meninos trabalhavam para ajudá-lo.
Em 1903, com vinte anos, Gabrielle saiu do colégio para tentar emprego na área da dança e do teatro aonde não teve grandes papéis. Cinco anos depois, em 1908, Chanel conheceu um rico comerciante de tecidos chamado Etienne Balsan com que passou a viver e que foi quem ajudou-a a abrir sua primeira loja de chapéus. Essa loja tornou-se um sucesso e apareceu nas revistas de moda mais famosas de Paris.
Depois desse relacionamento, ficou noiva do herdeiro inglês do carvão Arthur Capel, que foi quem a ajudou a abrir sua segunda loja em Deauville, na época o centro mais elegante da França. Em 1924, vítima de um acidente de automóvel, Capel faleceu.
Em 1925, Chanel iniciou uma estreita amizade com o duque de Westminster, que a situou dentro da mais alta sociedade aristocrática parisiense.
No início dos anos 20, Chanel conheceu um príncipe russo pobre e se apaixonou por ele. Dmitri Pavlovich inspirou Chanel a desenhar roupas com bordados do folclore russo e por isso teve que contratar 20 bordadeiras. Foi nesse período também que Chanel conheceu muitos artistas importantes como Pablo Picasso, Luchino Visconti, Greta Garbo, do compositor Stravinski, do coreógrafo Diaghilev, da bailarina Isadora Duncan, dos artistas Jean Cocteau, Salvador Dalí, Chanel esteve sempre ligada às principais correntes artísticas da primeira metade do século 20.
Com estilo e elegância, Gabrielle “Coco” Chanel revolucionou a década de 20, quando libertou a mulher dos trajes desconfortáveis do final do século 19, como faixas e cintas, corpetes apertados, saias amplas de múltiplos babados e franzidos. Chanel reproduziu a sua própria imagem, uma mulher do século 20, independente, bem-sucedida, com personalidade e estilo.
Suas roupas, assim como outros estilistas da época, vestiram grandes atrizes de Hollywood e seu estilo ditava moda em todo o mundo.
Além de confeccionar roupas, desenvolveu perfumes com a sua marca. Em 1921, por exemplo, criou o perfume que se converteu em uma grande celebridade por todo o mundo, sendo um dos mais vendidos até hoje, o nº 5. O nome se deu por causa de seu algarismo da sorte. Gabrielle pediu a Ernest Beaux que criasse “um perfume de mulher com cheiro de mulher”, dentro de um frasco art déco, e esse foi então o primeiro perfume sintético a levar o nome de um estilista.
Em 1916 ela introduziu na alta-costura o jérsei de malha, os trajes de tecidos xadrez e a moda escocesa, com blusas de malha fina, as calças boca-de-sino, as jaquetas curtas e os casacos cruzados na frente e acinturados em estilo militar.
Para a noite, Chanel criou vestidos em negro metálico, vermelho escarlate ou bege. Laços e paetês eram os únicos enfeites e não impediam que as mulheres se movimentassem com rapidez, ágeis como pedia a estética de um século onde tudo se tornava automatizado.
Dentre suas principais criações podemos citar algumas que se destacaram como as bolsas com alças de correntes, o colar de pérolas, o tailleur, o vestido preto simples com gola e manda larga e punhos, a jaqueta de corte reto, a saia simples e as primeiras calças femininas marcaram para sempre a história da moda, sendo que o perfume Chanel nº 5 foi, de fato, o que a tornou milionária.
O pretinho básico data de 1926 quando a revista Vouge trouxe o vestido desenhado por Chanel. Esse foi um modelo bastante copiado com preços mais acessíveis para que outras mulheres pudessem comprar.

É dela, também, a inovação de introduzir jóias falsas no mundo da moda já que sempre gostou de usar acessórios como colares de pérolas ou correntes com várias voltas.
É fundadora da empresa de vestuário Chanel S.A.
Os seus tailleurs são referência até hoje.
Durante a Segunda Guerra Mundial, Chanel fechou a Maison e mudou-se para o hotel Ritz. Envolveu-se romanticamente com Hans Dincklage, um espião nazista. Mesmo tendo reaberto sua casa em 1954, muitos clientes deixaram de freqüentá-la, pois conceituaram mal o romance que ela estava tendo. Sua nova coleção não agradou os parisienses, mas foi muito aplaudida pelos americanos. Para manter a casa aberta, Chanel começou a vender suas roupas para o outro lado do Atlântico, passando a residir na Suíça.
Devido à morte do ex-presidente norte-americano John Kennedy e À admiração da ex- primeira-dama Jackie Kennedy por Chanel, ela começou a reaparecer em revistas de moda, voltando a residir na França.
Faleceu no Hotel Ritz Paris em 10 de janeiro de 1971, onde viveu por anos em sua suíte particular. O seu funeral foi assistido por centenas de pessoas que usavam suas roupas em sinal de homenagem.
O famoso estilista alemão Karl Lagerfeld é, desde 1983, o diretos de criação das linhas de alta-costura e prêt-à-portes da marca. O estilo clássico criado por Chanel foi revitalizado por Lagerfeld e atravessou o século 20 tornando-se atemporal.

See you!

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